A Snow Schatten Racing Team apresenta no post de hoje a entrevista concedida por Marcos Riffel, campeão da Turismo Light T2 na rFactor Brasil Team, ao nosso staff. A matéria foi produzida logo após a corrida de Valência, corrida que deu o título ao piloto.
Bom, Marcos, primeiramente obrigado por nos conceder esta
entrevista. Você se consagrou campeão da Turismo Light T2 da
rFactor Brasil Team. Como você descreve essa temporada?
R: Bom, eu considero uma temporada muito
difícil. Em minha primeira competição de turismo, em um grid muito cheio, foi
difícil se sobressair no começo. A confiança no carro foi crescendo a cada
etapa, a minha experiência adquirida na T1 foi essencial para que pudesse
vencer na Turismo Light.
Foram 6 vitórias em 11 etapas e
as quatro primeiras de forma consecutiva. Qual delas foi a mais
gratificante?
R: Na verdade a etapa mais gratificante
foi Brands Hatch, onde não consegui a pole e me envolvi em uma acidente na
segunda curva e caí para décimo segundo. Foi a etapa onde tive que ter muita
cabeça e cuidado nas minhas atitudes. Infelizmente, devido a algumas punições
contraditórias da administração da liga, levei DQ. Dentre as vitórias que
valeram, Valência foi a mais gratificante, pois foi a vitória do título, onde
contei com o apoio da equipe. Nesta etapa sofri muito com problemas de
equipamento, como sofri a partir da etapa de Spa, mas ainda assim lutei para
alcançar o objetivo.
Qual foi o momento de maior alegria e de
maior decepção para você nessa temporada?
R: O de maior alegria foi certamente no
momento em que consegui o título, primeiro na minha carreira no AV. O de maior
de decepção foi certamente em Spa, onde estava muito confiante e com um tempo
ótimo e no qualy, devido a problemas de Hardware, não consegui participar da
etapa.
Apesar de ter sido pouco ameaçado no
campeonato, qual foi o seu maior adversário ao título dessa temporada? Por quê?
R: É difícil definir um piloto como o
maior rival, pois nas corridas eles variavam muito. Com certeza, Thiago
Vieira foi um grande adversário, por ser um piloto mais experiente e cerebral.
Renan Lopes, apesar de muito impetuoso, também foi um bom adversário. Meu
companheiro de equipe, Felipe Giro, também foi um grande adversário, pois é um
piloto de alto nível e que me fazia forçar para buscar excelência.
Marcos Riffel foi contraditoriamente desclassificado do GP de Brands Hatch por "cortes excessivos na pista" |
Apesar do brilhante campeonato na
categoria, houveram alguns desentendimentos fora da pista. Como você enxerga
essas divergências no modo como aconteceram?
R: Acredito que ao correr numa categoria
de base, você está sujeito a esse tipo de coisa, porém em certos momentos o ímpeto
da galera me prejudicou bastante. Houve também, desentendimentos com a
administração da liga, pois não concordamos com a maneira que punições foram
aplicadas a mim, visto que nossa defesa sempre foi concreta e os argumentos dos
diretores, sempre contraditórios. Isso ficou nítido em Brands Hatch, onde venci
e levei DQ.
Além da Turismo Light, você ainda obteve
sucesso como reserva da Turismo Pro, obtendo uma vitória em Zandvoort. Qual é a
diferença técnica entre essas categorias?
R: Sinceramente, considero o carro da
Turismo Light, mais complicado de guiar. A maior diferença é a possibilidade de
diferentes estratégias na Turismo Pro, onde você podia optar por uma ou mais
paradas, dependendo de como estava seu Setup. Com certeza, os carros da DTM são
mas rápidos e ariscos, o que exige mais perícia. Com certeza, carros de turismo
são meus favoritos, DTM então, nem se fala. Existe também um grid mais
evoluído, como Geison Alves, Augustin Erpen e outros, que tive o prazer de
competir. Isso para mim é muito estimulante, pois me obriga a ter mais
dedicação se quiser algum resultado positivo. E assim foi, consegui minha vitória
na Turismo Pro. Infelizmente, não venci a última etapa em Valência, devido a
problemas no meu Logitech G27, que está descentralizando com o tempo, mas obtive
talvez minha pole mais expressante e visualizei de maneira concreta, minhas
melhoras com o carro, onde fiz uma pole 1,6 segundos à frente. Foi com certeza ótimo e
espero guiar na última etapa em Monza, com o volante novo, em um dos meus
circuitos prediletos.
Marcos Riffel participou de duas corridas da Turismo Pro, vencendo a etapa de Zandvoort |
Qual é a maior qualidade do piloto Marcos
Riffel?
R: É difícil falar de si mesmo. Talvez
seja a atenção aos detalhes e entrar sempre em busca da vitória. Entre sempre
com pensamento de que estou ali em busca da vitória. "Em uma competição,
ou você dá tudo de si, ou desiste." Me identifico muito com essa frase do
chefe Senna. Com certeza, a seriedade em determinados momentos e a paciência
adquirida com a experiência são vitais para qualquer piloto. Na minha opinião,
há três tipos de pilotos. Os instintivos, os cerebrais e aqueles que sabem
utilizar as duas coisas. Eu me vejo hoje, entre o meio termo das duas
situações.
Você já declarou que pode não continuar na
rFactor Brasil Team no ano que vem. Quais são seus projetos para o ano de 2014?
R: É bastante provável que eu saia da
liga, devido a uma relação complicada com a administração, pois não concordo
com algumas atitudes dos administradores e minhas críticas nunca foram aceitas.
Eu em 2014 e 2015, tentarei entrar para o mundo do automobilismo real, que é
meu grande sonho. Porém, devido a minhas condições financeiras, é uma situação
bastante difícil. Com sorte, entrarei na Seletiva Velopark, para o KWC, para
ter minha experiência no real. Já no virtual, pretendo ir para a liga
GTR-Brasil, que admiro há um bom tempo, pois considero um grid de alto nível e
que conta com pilotos que admiro, como Rubens Barrichello. Também pretendo
expandir meus horizontes, indo para a FSR, mundial de formula de rFactor, ou
para a TPS, mundial de turismo de rFactor. Ou, menos provável, entrarei para o
iRacing. Tudo depende da minha situação de Hardware, que no momento não é das
melhores, mas estou buscando aprimorá-la.
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